7.8.20

O MONSTRO DA CLOROQUINA

                                                                                                                                                                                                                         VENTURA PICASSO

Agosto, mês tão esperado, o dia se aproxima, os preparativos para a grande festa dos cem mil.

Os generais lavaram e engomaram suas fardas.

O mundo vive a era da imagem, no Brasil a fase da mentira; os números abstratos que aparecem nas mídias minimizados por Bolsonaro, nos tira a realidade do ajuntamento de pessoas em praça pública, qual o verdadeiro volume e a percepção concreta desse aglomerado fatídico? 100 mil!

“Vamos tocar avida”, diz o presidente, propagandista do veneno, indiferente ao sofrimento das vítimas.  

A imagem e o peso de 100 mil pessoas reunidas, em foto de Adriano Valenga Arruda.

Nas costas da nação, cem mil mortos vítimas da insanidade de Bolsonaro/Covid-19, imagine ao compararmos, essa foto ilustra tudo o que não imaginamos - 100 mil pessoas reunidas.  

Bolsonaro o rei da cloroquina zombava das preocupações dos brasileiros:

Como um ídolo do fracasso, dizia: “Gripezinha”! “Todos nós morreremos, e daí”?

Aproveitando o momento, os marqueteiros de Bolsonaro, preocupados com a reeleição, estão ansiosos para organizar a festa dos mascarados à beira do mar de Brasília, Zorro no Paranoá. 

Qualquer acontecimento deve ser explorado pela equipe de marketing, inverter a realidade, para tirar vantagens. 

Na portaria, convidados especiais, aqueles encantados bolsominions, a parcela mais vulnerável da população continua com ele.   

Weintraub acompanha Trump, o dono da festa. Todd Chapman, embaixador americano, dando ordens a segurança: “Chinês, mesmo que seja entregador de pasteis, aqui não entra”.

̶   Foi o Alexandre de Moraes, que pediu o celular de Bolsonaro e do resto da família.

̶   Vou intervir! Esbravejou o quixotesco.

̶   O time inteiro? Os 11? 

̶   Troco tudo, “até que ‘aquilo’ esteja em ordem”.

“Aquilo”, é o STF.

Bolsonaro não pensa, mas pensa que pode tudo.

Poder volátil, macheza estéril, chantagista, mas não deu linha.

É presidente de quem? Foi eleito pela Fack News, seu governo é uma mentira.      

Não governa, apenas faz campanha para reeleição, nunca assumiu os deveres de presidente,  

sente-se um super-herói. Inatingível.

A nova ilusão para a campanha presidencial: “A vacina contra o Covid-19”. A gang abandona o barco da Hidroxicloroquina. A OMS avisou..., cuidado com propaganda enganosa do Bozo.

A Globo e a Band estão preparadas para transmitir os debates entre os candidatos à presidência nas eleições de 2022?

Haverá debates sem Bolsonaro?

Debates? Só com detector de mentiras..., exigência dos adversários.  

Ricardo Salles, esperto: Enquanto “a boiada passa”, os cães aplaudem, no meio ambiente, a poeira sobe, a moral da tropa baixa.   

É uma piada de mau gosto, o andamento das ações governamentais: não ataca, só se defende: Fabrício Queiroz, mensalista da madame que não tem imunidades. Rodrigo Maia não vê ilicitudes, nos depósitos bancários, mas não quer saber da origem do dinheiro, convicção.  

Pedro Almodovar poderia transformar em ficção a história que vive o povo brasileiro sob esses governantes. Certamente, seria uma comédia. Sua preferência por personagens femininas e a sexualidade, cairia muito bem na madame protestante.

Veronica Forqué, protagonizou Kika no cinema, uma maquiadora otimista, em cena que é estuprada; Almodovar conseguiria transformar em comédia a violência mórbida, dos atuais políticos brasileiros assim como fez filmando Kika?

O mundo vive a era da imagem, no Brasil a fase da mentira; Os números abstratos que aparecem nas mídias minimizados por Bolsonaro, o monstro da cloroquina, embaça a realidade do ajuntamento de ‘cem mil’ mortos nas filas dos cemitérios.

3016