13.4.20

NEURASTÊNICO

VENTURA PICASSO
COLÔNIA JULIANO MOREIRA - JACAREPAGUÁ
Irritado, agitado, impaciente, colérico, enervado, esquentado, impulsivo, neurótico...

Descontraídos, numa roda animada, conversavam na garagem do palácio, sobre os lucros do COVID-19.

O comentário girava em torno da festa, na Paulista, dos bolsonaristas, comemorando a morte de 1200 vítimas do vírus. 

Dos três, o mais inseguro é o Augustinho. 

Delirando em suas teses trepidantes, cheias de duvidosas convicções, chegou à conclusão de que ainda é cedo para instalarmos a quarentena; morreram apenas 1200! Respeitem as ações farmacêuticas contra o Coronavirus.

As ações às quais ele se refere são as negociadas nas bolsas do mundo inteiro.

Enquanto a pandemia engole o planeta, os bolsominions fazem publicidade para reeleição do neurastênico. Outras ações...

Prestem atenção senhores crentes/evangélicos e outros.

Ações oportunistas que dançam subindo nas Bolsas de Valores do mundo - GILEAD + 20%; Inovio Pharmaceuticals, INO-4800 após o anuncio de uma vacina + 200%; Alpha Pro Tec, fabricante de máscaras de proteção +232%; Co-Diagnostics graças ao kit diagnostico molecular (Sars-Cov-2), subiu 1.270%. 
    
E eu fui atrás do rato... 
   
Rato; um rato legítimo. Em casa, na minha área, não era e não estava no Planalto.

Fiz o que pude para espantá-lo, não consegui me livrar do terrorista. Radicalizei, armado com um cabo de vassoura, fui ao duelo disposto a eliminar o invasor. 

Indo em direção à arena onde se daria o combate, no lado oposto vinha o invasor; cerquei-o de um lado, ele cercou-me do outro; a luta teve início em corre-corre, até que desferi um golpe mortal na nuca do meu inimigo. 

Enrosquei-me. A queda foi brutal, minha cabeça bateu em cheio no degrau da sala de serviço e apaguei. 

Ao acordar, zonzo vi o meu antagonista estirado no piso, bem em minha frente; fiquei cheio de vaidades, me senti também, é claro, um pouco assassino. 

Não me senti um Aras contra a Coroa 19, mas o contrário, fiz um bem aos meus familiares. 

Família!

Como era fácil, lembrei de minha infância, vivendo num sitio cercado por muitos cães: Toquinho, Sansão, Corisco, Baco e a gata Dalila, entre outros que injustamente esqueci. 
  
Toquinho um Fox Paulistinha, ao encontrar um rato, não sossegava, enquanto não matasse o infeliz. Uma vez consumado o fato, todos, o time inteiro, formava uma roda com o troféu inerte ao centro, até que alguém testemunhasse o acontecimento.

Toquinho, evolucionista, não contava mentiras, não acreditava em suposições, por isso exigia o reconhecimento da ação concreta por uma pessoa de sua confiança. 

Criacionista?  
  
Baco era outra figura. Elegantíssimo.

Adepto do criacionismo Aguiar Neto, presidente do CAPES, que defende o projeto educacional do criacionismo ao ensino fundamental, certamente poderá provar que Baco, poderia ter sido a reencarnação de um diplomata, talvez intelectual membro da Academia, ou mesmo pastor etc.

Calígula, comandante do Consul da Bitínia, Incitatus, obcecado pelo poder e pela religião, considerou-se uma divindade. 

Bolsonaro não tem cavalo, mas já se compara a Jesus Cristo, quando fala da ‘suposta’ facada, desferida por Adélio Bispo de Oliveira. 

Os igrejeiros que votam em Bozo, não sente um rubor nas bochechas?

Os chineses, aqueles mesmos que enfrentam corajosamente a tudo, a todos e ao Covid-19. Vamos nos adaptar ao ‘COMUNITARISMO’, vamos deixar fora do campo governamental as religiões, as ideologias políticas e caminhar junto com técnicos especialistas em administração do estado, em prol das necessidades da população.

Para mim, isso é COMUNICE!

Aqueles que votam no mais bonito, a moça que não vota em mulher, protestante que não vota em católico, eleitor que aguarda a pesquisa para votar em quem vai ganhar, caminhoneiro que vota pelo preço do combustível...

É hora de votar pela família, por todos os seus direitos que o Bozo quer excluiu...

Reeleger o Bozo, significa um risco iminente de vida; o crente tem vaga garantida no paraíso, ou vai esperar uma carta de apresentação para entrar? 

Os miliardários que passam dulcíssimos finais de semanas em Miami, Paris ou Londres, aqueles que oferecem salários de US$ 200 a quem trabalha com as mãos, hoje não tem aonde ir? Vai trombar com infectados em todos os lugares em busca de mão de obra que o livre da faxina, da ida ao mercado, à farmácia ao posto de combustível? 

Esses ricos continuarão bancando e pagando pastores vigaristas, para enganar os pobres que só tem uma alternativa para enfrentar o vírus, ou seja: ‘Jesus’; o rico não acredita, mas faz acreditar.

Por fim, a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá RJ, já não existe, era destinada a acolher anormais indesejáveis, doentes psiquiátricos, alcoólatras e neurastênicos; velhos tempos.

A velha preta andou dizendo: “Se o Bozo não se tratar, irá para Jacarepaguá, cantando”; bbbbbrrrrrr/mas que nervoso estou - bbbbbbrrrrrr/sou neurastênico...

Sem essa, diz a fera! A Barra da Tijuca, para mim é melhor; ‘lá sou amigo do Queiroz e tenho a mulher que eu quero...’  (Desculpe Manuel Bandeira).
      
Enfrentar Darwin, é que são elas, como eles dizem.

13042020
 
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