VENTURA PICASSO
Blog da Dominante |
Recordando os
velhos tempos de estudantes, o planejamento do ‘CALOTE’, é a principal
atividade dos futuros doutores, no mês de agosto dia 11.
“Seria cômico
se não fosse trágico” (desculpem o apelo), a primeira página da Folha da Região
de Araçatuba, em 26 de maio de 2017, entrega uma chamada à página ‘A6’:
Casamento teria dado prejuízo de R$12 mil a fornecedores.
Veja só que
festa de arromba, como diria Erasmo Carlos o Tremendão. Não é enredo de Chespirito
na produção de ‘Chaves’ para a TV; ‘O Cortiço’ de Aluízio Azevedo; A danação do
núcleo duro do governo Temer.
Não conheço
atualmente as leis que regem a liberdade de expressão, nas mídias, no exercício
do jornalismo.
Os nomes dos
principais interessados, segundo a visão de um juiz amigo, ‘não vêm ao caso’,
para efeito narrativo do fato. Diz ainda que o que interessa é o conteúdo da
história; pois quê, existem fatos e acontecimentos.
O caso em
questão é apenas um fato.
Sei não!
Embarquemos
no anonimato do conteúdo.
Aconteceu um
casamento no dia 13 de maio de 2017; civil, religioso e bate-saco.
Lá
pelas tantas era só alegria. Numa chácara da periferia, a festa rolava com tudo
na maior animação; “presente no local/o rádio e a televisão/cinema mil jornais/muita
gente, confusão”! ...
A
articulação, o esquema geográfico, a competência do arquiteto que desenhou o
enlace matrimonial do casal sem referência e desconhecido, a perfeição de todos
os detalhes e degraus, faz cair o queixo da Esplanada dos Ministérios de
Brasília com tudo o que tem dentro, incluso Aloysio 300 mil acima.
Os
credores envolvidos nesse magnifico evento, falam em lábia dos assessores dos
pombinhos.
Ingenuamente
se deixaram levar, na falta de conhecimento teórico e prático, por um projeto
invejável.
Quentin
Tarantino que fez e dirigiu Pulp Fiction em 1994, é criancinha, perto do
roteirista do casamento, assim como todos os envolvidos no casório apenas mais
um desconhecido.
A
data da ação, do tal casamento, em 13 de maio dia da Lei Áurea, a mesma da
Abolição ‘formal’ da escravidão em 1888.
Não
sei se os cônjuges são brancos, porém se negros, sugere um simbolismo rebelde
sobre a ‘liberdade’ dos escravos.
As
compras pagas à vista, todas efetuadas com cheques pré datados, sem provimentos.
Outras efetuadas sob contratos, jamais respeitadas.
A
relação dos produtos, seguia uma escala cronológica perfeita. As roupas do casal
nubente e de todos os padrinhos (30), provadas e aprovadas e nunca pagas, não voltaram
mais ao senhoril.
Na
porta da igreja, o motorista a rigor, ficou com a mão estendida...
Não
pagaram ao cura a solenidade religiosa; O fotografo não viu a cor das
‘abobrinhas’.
A
orquestra tocou uma valsa dolente/tomei-te aos braços/fomos dançando/ambos
silentes...
Até
que a morte os separe rolava solta, no local não pago da festa, as equipes de
decoradores distribuíam lindas flores, garçons champanhe, doces e salgados,
bufê com magnifico jantar para 200 convivas, e o bolo de três andares; que
bolo! – tudo por conta do Abreu...
Esse
casamento não foi uma farsa, foi um sonho. A festa que envolve Romeu e Julieta,
pode ter um final feliz.
Porém,
essa dezena de credores, nunca mais esquecerão da Abolição da
Escravatura no Brasil, do cliente no dia da pendura...o punhal na conta da Julieta.
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