
Quem pode me explicar, como uma empresa que industrializa e vende um produto essencial, sem concorrência, numa cidade com mais de 180 mil habitantes, com quase 100% das propriedades ligadas ao sistema de consumo, não tenha como sobreviver?
Assistindo ao filme “O Divo”, a máfia no governo, aprendi uma frase rara com Giulio Andreotti: “Algumas pessoas vão à igreja para rezar outras, porém vão para falar com o padre”. O Valdir Silvestre, que não tem nada com o Divo, conversando com seus paroquianos na São Paulo Apóstolo, elaborou um abaixo assinado para reverter a brincadeira que os vereadores aprontaram nas férias do último verão.
Em 83 páginas juntaram 2898 motivos pra vereador nenhum ter dúvidas da arte que aprontaram.
Fomos enganados tivemos os nossos direitos prejudicados em 10 de janeiro, pelos vereadores, nas férias parlamentares: Cláudio Henrique da Silva (PMN), Durvalina Garcia (PT), Edval Antonio dos Santos (PP), Joaquim da Santa Casa (PDT), Olair Bosco (PP), e Rivael Papinha (PSB), conforme cita a Folha da Região (14/08/2011), liberando o caminho para eliminar o direito de consulta popular em defesa do DAEA.
O Partido dos Trabalhadores-PT, guardião e baluarte das lutas em defesa dos movimentos sociais não sabe da existência do abaixo assinado. Se soubesse a sociedade estaria mobilizada para enfrentar esses agressores. Esperamos que ao tomar conhecimento, o partido encampe essa luta que é de todos. 2898 assinaturas é pouco, a prefeitura de Araçatuba merece 35 mil assinaturas contra o absurdo neoliberal proposto, distraidamente, pelo governo.
A administração de uma empresa, se micro ou multinacional, o primeiro quesito é hombridade (palavra). Não é preciso formação universitária, basta saber as quatro operações. Não precisa ser engenheiro, ou doutor em qualquer área, precisa apenas disciplina para não comprar mais do que vende. Precisa conhecer o território físico ocupado pela empresa. Saber conversar com quem lava os banheiros, quem faz café e quem recepciona os clientes, essa é a única forma de se conhecer os intestinos de uma entidade pública ou privada. Quantos funcionários é preciso para atender a demanda. Quais são os clientes, quem compra e paga; quem leva e não paga e por quê?
A Infra quer arrancar dos munícipes de Araçatuba, o DAEA. Nós os prejudicados, queremos saber se, para fazer funcionar todos os departamentos, a Infra nos revela quantos funcionários seriam necessários?
A empresa está inchada? Para a iniciativa privada há um excesso de pessoal; para a prefeitura não? Certamente o presidente da autarquia não conhece as quatro operações; coitado! Afogaram o DAEA. Precisamos da autarquia viva, e não da morbidez da atual direção. Substitua-o...
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Foto – Caricaturas de João Abel Manta https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWljUGwFidXr9-8H8heWckbBfzqVIrN7iaFkMUilVdHhyphenhyphenBUZonYViC9r6f-OILsPaPyO6MYWs_ng2FX5OQ3I82BzFx1GgMmqhbvCISXGFWyDWpegGz3WcdGvQ3qTa6dx_Poju-/s400/MANTA2.jpg