27.2.17

Carnaval da Resistência

Ventura Picasso
O nosso carnaval de rua, do tipo vai quem quer, surpreendeu até o professor do Departamento de Relações Internacionais da UERJ Maurício Santoro (https://twitter.com/msantoro1978), alegremente desabafando: 
Quando você pede um 'Fora Temer'.
                                                  "Não sou cientista político, mas..." Amigos: fiz doutorado nesse troço e não tenho a menor ideia do que está acontecendo. 

O título do artigo ilustrado de Maurício chamou-me a atenção. O impossível aconteceu:
“Em toda parte… Nos blocos do carnaval 2017 há mais gente gritando "Fora Temer" do que beijando na boca”.

De um lado, se compararmos o Movimento Diretas Já de 1983-84, com uma mídia favorável e insegura, rendendo uma eleição presidencial indireta, Tancredo trazendo a reboque José Sarney, o herdeiro da festa, eleito que levou o mandato de cinco anos. 

De outro, o carnaval da resistência de 2017, com “FORA TEMER”, contra tudo e todos, principalmente contra o PIG comandado pela Rede Globo e seus pares, supera o evento paulista, que reuniu 1.500.000 pessoas no Vale do Anhangabaú, e 1.000.000 na Candelária, cidade do Rio. 

O desfecho do novo golpe, apesar de incerto, nos leva a um sistema parlamentarista entre compadres, e descaradamente encaminhando a  uma proposta de poder eterno. 
    
Não é arrojo político ou coragem bandida, para avançar sobre os direitos da nação, que não dá samba, mas a falta de pudor distribuído entre os três poderes nos entristece.

Em toda a nossa história, o Brasil nunca foi tão achacado, por seus supostos protetores, como é atualmente.

É tanto dinheiro roubado que, seguramente, será um grande problema gastá-lo. 23 milhões não é possível gastar em uma vida. 

Para repetir a história das ‘Diretas Já’, expulsar os golpistas e ladrões do Brasil, precisamos atender as novas demandas que exigem o barulho do batuque, do samba, do rap de todas as bandas em todos os cantos.

No primeiro carnaval do Golpe:
“Fora, fora Temer/ Ninguém te aguenta mais”, tripudia a marchinha do bloco Sai na Marra.

Somos um povo alegre por excelência, podemos enfrentar o jornalismo mentiroso e a Tropa de Choque, cantando e dançando nas ruas, nossa arma moderna, o nosso protesto, é o Carnaval da Resistência.

Foto: C5muKp1WAAQzjC7
1818  

26.2.17

DILADORIA



 Ventura Picasso

É de total conhecimento público, o Brasil, nossa pátria tão gentil, começa a funcionar após o carnaval.

Cá pra mim, neste começo de século, a história, sem dúvida terá um outro roteiro.
Atrás do Trio Elétrico

Estragaram o Brasil! 

Ouvi o lamento de uma ex prostituta: “Me estragaram – já não sirvo pra nada".

Em nenhum país do mundo a justiça destruiria as maiores empresas do mundo em nome da moralidade.

FHC mandou a receita do GOLPE – agora espera na boca do ninho, como um poodle com a cabeça entre as duas patinhas, o resultado do ovo tucano.

Um encontro fraternal entre Dilador e Luis Fernando, como concorrentes civilizados e não inimigos, confraternizando alegremente o resultado eleitoral. Podemos eleger o momento histórico, simplesmente: Cimento do mesmo saco. 
  
Por tradição peessedebista, as escolhas de secretários assinadas pelo atual prefeito Dilador, coincide com as invertidas indicações do PMDB em Brasília. 
As más línguas, por aqui, comentam que os tucanos “assinam sem ler”. 

Um amigo estrangeiro perguntou-me:

― Esse prefeito recém eleito é mais honesto do que o outro? 

Claro, qualquer outro seria mais honesto do que o anterior. Basta observar a concessão do DAEA, da Zona Azul, e as ondas do Estaleiro em maré cheia na direção de Curitiba.
  
No Rio de Janeiro “cidade que me seduz”, o pau comeu solto na porta da ALERJ, por conta da privatização da CEDAE. Não foi coisa de coxinha, foi coisa de macho indignado, vítima do mundo político atual.  

A água é um bem inalienável e de primeira necessidade, ninguém pode viver sem água, imagine um carioca sem praia, chopinho e garotas...  
     
O CEDAE é igual ao DAEA? 

E nós somos iguais aos cariocas?

É bem isso mesmo. Infelizmente os legisladores (vereadores) existem para fiscalizar a ADMINISTRAÇÃO. Não somos iguais. Mas a ALERJ e a Câmara de Vereadores de Araçatuba, se parecem – tem muita semelhança.

Arlindo Araújo tomou uma goleada de 14 a 1. 

Os legisladores do Estado do Rio de Janeiro, bem como os da cidade de Araçatuba, querem tranquilamente, que a população se exploda. 

Marcelo Andorfato fiscaliza, vale por quatorze e não é vereador. O pedido de CP (Comissão Processante) que encaminhou para investigar suposto ato de improbidade contra o prefeito Dilador Borges e da Secretária de Cultura, Marly Garcia foi arquivada. 

Novamente os vereadores estão dispostos a servir o prefeito. Suponho que as nomeações (90) dos ‘apadrinhados’, como parte do pacote de cotas de cargos, a que cada um dos edis por ‘merecimento e competência’, foram contemplados. 

Quatorze a um!

Nem tu, Almir, o paladino da justiça? Um votinho! 

Marcelo ficou surpreso com a ‘Cambada’ do Almir Fernandes Lima: “Todos juntos e misturados”! Andorfato cobra o MBL (Movimento Vem Pra Rua): 

Cadê vocês? 

Kim Kataguiri, delinquente juvenil, fascista enrustido, trabalhou para emplacar o impeachment de Dilma Rousseff, e é a sombra fétida do vereador Almir. 

A sociedade, certamente, não se deu conta ao fato de ser o PSDB de Araçatuba o mesmo partido que planejou e executou o golpe em Brasília contra o Brasil. 

Enquanto isso, Dilador segue o padrão João Doria. Ao fim de tantas aparições surpresas, esperamos que resolva todos os problemas elencados em cada lugar.

Pelo menos, Dilador, não banque gari.

DILADORIA! ... começa a funcionar depois do carnaval? 
   
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9.2.17

VILA EUCLIDES



Ventura Picasso
O que foi feito das leis?

A força bruta e cínica da injustiça contra, uma operária e Primeira Dama do país, pessoa simples. Policiais federais desrespeitando e subtraindo seus direitos, produziu o martírio, possivelmente inesperado, resultando num AVC fatal. 
Helicópteros não causaram o medo esperado

Juízes deslumbrados, milionários em seus afazeres, desprovidos de compaixão, perdem numa disputa desumana, a oportunidade de interrogar uma dona de casa.

Justiçada antes de Lula o operário Presidente, Marisa abre uma nova realidade social, ela pede justiça! 

Seria um grande sucesso midiático a destruição total da epopeia Lula/PT?

O delegado da Polícia Federal, Igor Romário de Paula, apoiador da candidatura de Aécio, afirmou que dentro de 30 ou 60 dias o ex-presidente Lula será preso.

Marisa e sua morte não estavam na pauta. 

A morte sempre é mais forte e se apresenta aos vivos sem data, hora e lugar; é soberana. 

Marisa Letícia não será mais interrogada por Moro, Dallagnol ou Igor de Paula.

A frase assassina de Igor supera o cinismo de Moro que liberou para a mídia um diálogo íntimo entre Marisa e seu filho. 

COVARDES!

A conjuntura virou. Não foi suicídio foi a tortura que enlouqueceu e a fez vítima, até agora, sem explicações. Quem vai para o PowerPoint provar que a PF não matou Marisa Letícia? 

A prepotência dos senhores das leis, mais que isso, os donos das leis, por mera convicção imprudente, com suposto direito de perseguir impunimente, arrogantes querem saber do pedalinho. 

Pela Teoria do Domínio do Fato, de Joaquim Barbosa com sangue nos olhos: o Juiz é a lei! Não tem limites, sem controles são absolutos, em seus departamentos.

Sergio Moro é vaidoso. Freud se estimulado responderá vaidade (?):” O poder do dinheiro, o poder sobre os destinos dos outros e por fim o domínio do sexo”. Ele é imbatível, inigualável belíssimo.
       
O preconceito explicito exalado por alguns analistas patrícios, ao opinar, como na crônica encomendada pelo jornal à professora, imaginando-se intelectualmente sábia e qualificada concluía: Marisa Letícia poderia ser tudo, menos primeira dama.  
     
O Estádio Vila Euclides está à nossa espera. É a nossa terra. Como Moises à procura da Terra Prometida atravessou o Mar Vermelho. 

Os fantasmas de 1980 fazem vigília. Exigem o nosso grito de liberdade, para alcança-la, precisamos romper atravessar os obstáculos concretos.

Estamos devendo explicações mais claras ao mundo.  

A força bruta e cínica da injustiça em forma de lei, pode ser modificada no gramado da Vila Euclides.  

O que foi feito das leis?

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