Reflexões para crescer no amor a Deus, no amor aos irmãos e fortalecer-se na fé cristã.
Viver, em suma!
Sábado, 4 de
maio de 2019 - http://pecharles.blogspot.com/
Fenômeno cultural moderno é o consumo de informação! As redes sociais
alimentam a compulsão pela rápida comunicação! Inegável, evidente, é o aspecto
positivo resultante deste intercâmbio de informações. Socorro pode ser
prestado, tragédias evitadas graças à instantâneas alertas! Por outro lado, todavia,
a compulsiva curiosidade e o obsessivo apego a esses veículos de informação
predispõem a consciência a um estado de mórbida superficialidade. Considerável
número de cidadãos não consegue largar o aparelho eletrônico. Sentados à mesma
mesa, amigos ou ate mesmo esposos, se divertem mais navegando que conversando!
Uma dependência paranoica! Perfeitamente explicável, portanto, a notória
superficialidade de conhecimentos e a inconsistência nas opiniões. O fluxo
constante e diversificado de informações repassa a ilusória sensação de domínio
sobre amplos e difusos tópicos. Em tempo real e simultâneo, o cidadão fica
sabendo o que diz o Papa, tem acesso às manobras do Presidente dos Estados
Unidos e fica ciente da mais recente operação da polícia federal contra a
corrupção. Evidente, nesta veloz sequência de informações não sobra tempo nem
para refletir sobre, nem para filtrar, a autenticidade do conteúdo. Notícias
são aceitas, comunicados ingeridos e compartilhados sem a necessária depuração,
causando a ilusória impressão de amplos conhecimentos e de domínio sobre a
realidade. Consequência clara, dessa imaginária cultura e ambígua sabedoria, é
a arrogante desenvoltura de quem posa para opinar sobre assuntos que mal
conhece, mas sobre os quais pescou informações esparsas na internet. Alastra-se
a desinformação, com previsíveis encaminhamentos conflituosos e perturbadores
de ordem. Fenômeno outro, consequente e alarmante, resultante dessa dependência
virtual, é a crescente preguiça para aprofundar conhecimentos. O cidadão se
contenta com informações fragmentadas. Estaciona em comunicados desconexos.
Esta notória falta de apetite para apurar fontes e elaborar conhecimentos mais
coerentes e mais balizados abre largo caminho para manipular consciências e
maquiar realidades. Ficou mais fácil distorcer fatos e falsificar notícias.
Assalta-se a objetiva veracidade selecionando informações e subtraindo
notícias, adequando contextos a vieses ideológicos, políticos ou financeiros!
Agridem-se honras e doutrinam-se consciências sem nenhum escrúpulo. Mente-se
sem nenhum freio ético. Às favas a honestidade! Às favas a formação integral do
cidadão! Combatem-se a tendenciosa manipulação de fatos e a difusa circulação
de informes fúteis com um projeto de formação sólido, consistente e plural. A
mente humana reclama conhecimentos mais balizados e informação mais
substanciosa que lhe dão condições de ampliar horizontes e definir rumos. Que
lhe proporcionam, em suma, interior harmonia! Reconhece-se, sem dúvida, o
substancioso salto de qualidade proporcionado pela difusão das redes sociais.
Urge, portanto, cultivar a consciência de utilizar-se proveitosamente dessa
formidável ferramenta! Urge, assim, começar por criar coragem para disciplinar
a obsessiva dependência dessas plataformas e compenetrar-se que informação não
é ciência. Urge, por fim, criar filtros que ajudam a ficar com o que é
objetivamente bom e a descartar o que não presta! Informação se transforma em
fecunda cultura quando sedimentada em aplicado e concentrado estudo, temperado
por serenas reflexões e objetivas avaliações!
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