"Seu
pai abriu 700 mil covas na pandemia", diz pastor na cara de Flávio
Bolsonaro; vídeo. Religioso criticou duramente Jair Bolsonaro em vigília
convocada por Flávio e acabou hostilizado, perseguido e agredido por apoiadores
bolsonaristas
23 de
novembro de 2025, 02:49 h
Ismael
Lopes (Foto: Reprodução redes sociais)
Conteúdo
postado por: Redação Brasil 247
247 – A vigília organizada pelo senador Flávio
Bolsonaro (PL-RJ) para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro terminou em
violência após um pastor denunciar, diante do próprio senador, a
responsabilidade do ex-mandatário pelas mortes na Covid-19. A cena foi
registrada em vídeo e revelada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo,
que noticiou que o religioso foi hostilizado e agredido por bolsonaristas logo
após discursar.
Ismael
Lopes, integrante da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, tomou o
microfone logo depois de dois pastores bolsonaristas se manifestarem. Em sua
fala, criticou o ex-presidente e afirmou que Bolsonaro “havia aberto 700 mil
covas na pandemia”. Ele também defendeu a condenação de Bolsonaro no
processo da trama golpista.
Pastor
criticou a instrumentalização da fé e foi atacado por bolsonaristas
Assim que
suas críticas se tornaram evidentes, apoiadores passaram a vaiá-lo e cercá-lo.
Lopes se retirou da aglomeração, mas foi perseguido, derrubado e agredido.
Flávio Bolsonaro e aliados tentaram conter os mais exaltados, sem sucesso. A
polícia precisou intervir com spray de pimenta para interromper as agressões.
Após o
tumulto, Ismael Lopes reafirmou sua posição diante dos jornalistas. “Vim
aqui na iniciativa de tentar fazer uma fala baseada na palavra de Deus, para
acabar com essa instrumentalização da fé cristã que eles fazem”, declarou.
Ele deixou o local em uma viatura para registrar boletim de ocorrência na
delegacia.
Vigília
contrariou decisão do STF e reuniu aliados bolsonaristas
A vigília
ocorreu em um estacionamento próximo ao condomínio onde Bolsonaro estava em
prisão domiciliar, após ter sido detido preventivamente por decisão do ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O magistrado citou a
organização da própria vigília como um dos motivos da prisão, alegando risco à
ordem pública.
Flávio
Bolsonaro classificou a decisão como “esdrúxula” e defendeu um projeto de
anistia que beneficie seu pai e outros envolvidos na trama golpista. O ato
reuniu políticos como Carlos Bolsonaro, Rogério Marinho, Helio Lopes e Bia
Kicis, além de algumas centenas de apoiadores.
Episódio
expõe radicalização em atos bolsonaristas
A agressão
ao pastor revela o nível de tensão e intolerância que permeia atos convocados
pelo bolsonarismo, mesmo aqueles apresentados como vigílias religiosas. O
episódio também evidencia a pressão política e social que se intensificou após
a prisão do ex-presidente, expondo novas fissuras e conflitos internos no campo
bolsonarista.
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